— Dia estranho, não é mesmo?
— Como?
— Dia estranho.
— Todo dia é estranho.
— Não. Hoje... essa névoa... as ruas desertas...
— Pra mim, todo dia é estranho. Eles nunca me convencem.
— Quem não te convence?
— Os dias... são falsos... estranhos... isso não pode ser a realidade... não é possível que seja... isso é... sei lá que porra é isso tudo.
A arte de produzir efeito sem causa, Lourenço Mutarelli.
domingo, 21 de novembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
Vera
A Vera revela sua nudez.
Toda nua, a Vera,
calma, quieta, espera...
(pensando)
"Mas quer foder comigo de uma vez"!
Acalme-se, Vera!
Desse modo, você arruina os versos, Vera!
Revela-me em outro momento...
A Vera revela sua nudez.
Toda nua, a Vera...
"Mostra, sem rodeios, sem hesitar,
que é crua deveras".
E fode comigo outra vez!
Toda nua, a Vera,
calma, quieta, espera...
(pensando)
"Mas quer foder comigo de uma vez"!
Acalme-se, Vera!
Desse modo, você arruina os versos, Vera!
Revela-me em outro momento...
A Vera revela sua nudez.
Toda nua, a Vera...
"Mostra, sem rodeios, sem hesitar,
que é crua deveras".
E fode comigo outra vez!
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