Tantas pedras no pensar,
poucas horas, horas, horas,
as quais, outrora, podiam contar.
Elas, as horas costumam agora sincopar.
Sem cerimônias, logo penso que
o dia em que de fato existi
foi aquele que nunca conheci.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Poesia Alheia
- Controvérsias -
Ele diz conhecer as regras do jogo...
Mas que balela - deixa que eu jogo!
Se brincar de rimar não tem segredo
Começo logo a pensar num novo enredo
De que se tenha muita coisa pra falar
Alguma rima quase tão leve
E tão rica quanto o ar...
Mas ele insiste com as palavras
Que sabe de cor
E teima que nelas o poeta
Enxerga a cor
Enquanto eu penso
Que regrar é o pior
Ele crê que as regras
Têm valór!
Cesar Carvalho
Um grande amigo e professor.
myspace.com/cesarcarvalho
Ele diz conhecer as regras do jogo...
Mas que balela - deixa que eu jogo!
Se brincar de rimar não tem segredo
Começo logo a pensar num novo enredo
De que se tenha muita coisa pra falar
Alguma rima quase tão leve
E tão rica quanto o ar...
Mas ele insiste com as palavras
Que sabe de cor
E teima que nelas o poeta
Enxerga a cor
Enquanto eu penso
Que regrar é o pior
Ele crê que as regras
Têm valór!
Cesar Carvalho
Um grande amigo e professor.
myspace.com/cesarcarvalho
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Propaganda
Corações esfarelados?
Resquícios de sono
embaixo do sofá?
Amores empoeirados
no chão do salão
de espera?
Ou ainda cacos
de saudade?
Aspirador!
Resquícios de sono
embaixo do sofá?
Amores empoeirados
no chão do salão
de espera?
Ou ainda cacos
de saudade?
Aspirador!
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Versos livres
Ora, se eu soubesse antes
o que eram versos livres,
falaria às estantes:
São os seus livros dispensáveis.
o que eram versos livres,
falaria às estantes:
São os seus livros dispensáveis.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Matiz
Palavra e gente:
pétalas de uma só flor.
Gente é botão que germina,
é regado e desabrocha;
palavra é flor de cor rochosa.
Bravura é guerreiro,
ouvido é regente,
e a palavra é a cor da gente.
pétalas de uma só flor.
Gente é botão que germina,
é regado e desabrocha;
palavra é flor de cor rochosa.
Bravura é guerreiro,
ouvido é regente,
e a palavra é a cor da gente.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Poesia alheia
Semanalmente, será cedido um espaço aberto para a postagem de poemas. Se você quer seu poema (ou qualquer forma de poesia) postado, entre em contato.
O poema que segue é de autoria de um grande amigo.
Ai, ai
As datas são tão distantes
O passado que hoje era lembrança
Amanha é pó e mais distância.
Que vontade de ter o presente
Tão próximo e um futuro mais junto!
Loucura... Deve ser.
O amor que eu ignorei por medo
De um dia descobrir que foi em vão
Hoje, é o amor que faz falta e escreve poemas de paixão.
Aquelas velhas cartas marcadas de um final utópico
É um velho fim já marcado por frases de um novo começo
Quem é que mais sofre nessa história?
Aquele que ama demais?
Aquele que não ama?
Ou aquele que ama em segredo?
A resposta é obvia, será sempre o “Eu”
“Eu que te amei mesmo sem querer”
“Eu que esperei para um dia amar você”
“Ele que sorriu para mim, quando ninguém mais sorria”
Fábio Henrique
Segue abaixo o blog dele, para quem quiser visitar.
Aluga-se e vende palavras
O poema que segue é de autoria de um grande amigo.
Ai, ai
As datas são tão distantes
O passado que hoje era lembrança
Amanha é pó e mais distância.
Que vontade de ter o presente
Tão próximo e um futuro mais junto!
Loucura... Deve ser.
O amor que eu ignorei por medo
De um dia descobrir que foi em vão
Hoje, é o amor que faz falta e escreve poemas de paixão.
Aquelas velhas cartas marcadas de um final utópico
É um velho fim já marcado por frases de um novo começo
Quem é que mais sofre nessa história?
Aquele que ama demais?
Aquele que não ama?
Ou aquele que ama em segredo?
A resposta é obvia, será sempre o “Eu”
“Eu que te amei mesmo sem querer”
“Eu que esperei para um dia amar você”
“Ele que sorriu para mim, quando ninguém mais sorria”
Fábio Henrique
Segue abaixo o blog dele, para quem quiser visitar.
Aluga-se e vende palavras
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
A condição do colosso
“Passou, pois, a vestir seu corpo como seus semelhantes. Aprendeu a ser cego e tolerar suas angústias. Agora, era marcado. Era como Caim, filho de Adão; como o gado que se reconhece pelo brasão de seu dono”.
Cinira Bastos
Seria fatal para um colosso de pedra
Secar as lágrimas de sua face;
Seria perigoso para ele caminhar
Em busca daquilo que não se sabe,
Pois acontece que uma brisa o abale
E o chão encontrem mil pedaços de pedra.
Posto isso, alguém no futuro fará um poço
Dos mil restos iguais de pedra
Que um dia foram um colosso.
Cinira Bastos
Seria fatal para um colosso de pedra
Secar as lágrimas de sua face;
Seria perigoso para ele caminhar
Em busca daquilo que não se sabe,
Pois acontece que uma brisa o abale
E o chão encontrem mil pedaços de pedra.
Posto isso, alguém no futuro fará um poço
Dos mil restos iguais de pedra
Que um dia foram um colosso.
Dimensão paralela e particular
O núcleo de todos os pensantes
habitam as jazidas de Ternoé,
e tudo o que é direito
tem o direito de ser torto em Ternoé.
Os porcos, hienas e abutres
não ingressam nas jazidas de Ternoé;
pois tão estreita é a passagem
que só os pensantes transpassam
seus domínios.
As aranhas, escorpiões ou morcegos
não habitam as cavernas de Ternoé,
porque o eterno admite
apenas as gravuras pensantes
nas paredes das cavernas de Ternoé.
habitam as jazidas de Ternoé,
e tudo o que é direito
tem o direito de ser torto em Ternoé.
Os porcos, hienas e abutres
não ingressam nas jazidas de Ternoé;
pois tão estreita é a passagem
que só os pensantes transpassam
seus domínios.
As aranhas, escorpiões ou morcegos
não habitam as cavernas de Ternoé,
porque o eterno admite
apenas as gravuras pensantes
nas paredes das cavernas de Ternoé.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Seu
Atirei ao céu relevo
que faltava no laranja.
Nossos pés não são os nossos
nem as flores da bonança,
[...]
Que um dia propuseram
muita fé e esperança?
Seja a flor ainda sua;
seja hermética a aliança.
****
Em tempo: um salve para Flapjack, o Quixote dos desenhos animados.
que faltava no laranja.
Nossos pés não são os nossos
nem as flores da bonança,
[...]
Que um dia propuseram
muita fé e esperança?
Seja a flor ainda sua;
seja hermética a aliança.
****
Em tempo: um salve para Flapjack, o Quixote dos desenhos animados.
Coexistir
Café, almoço.
Cidade.
Espreme:
"Ah, morador, se vou?
Porvir a Deus
apenas.
Há dúvidas?"
Cá, fé, ao moço.
Solidão.
Exprime:
"Amor, a dor cevou
por vir. Adeus.
Há penas...
Ah, dúvidas!"
Cidade.
Espreme:
"Ah, morador, se vou?
Porvir a Deus
apenas.
Há dúvidas?"
Cá, fé, ao moço.
Solidão.
Exprime:
"Amor, a dor cevou
por vir. Adeus.
Há penas...
Ah, dúvidas!"
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
A incrível roda panorâmica
Pesa no tempo a mesura
do efêmero, gigante nas saudades.
Volta nas medidas o tempo
e vem no intento de dizer-me:
"Desatina de vez
e vai buscar nos braços do redentor,
ou em qualquer forma de amor,
aquela confortável lucidez".
do efêmero, gigante nas saudades.
Volta nas medidas o tempo
e vem no intento de dizer-me:
"Desatina de vez
e vai buscar nos braços do redentor,
ou em qualquer forma de amor,
aquela confortável lucidez".
Pássaro no telhado
No telhado vê-se o pássaro abrigado
das centenas de milhares de gotinhas
que despencam do chão das nuvens
ao céu das árvores.
Tem medo o pássaro?
Ô, se tem!
Olha-me desconfiado,
como se igual não houvesse ninguém.
Mas logo a atenção volta ao corpo molhado.
Seca-se o passarinho no telhado.
Do ninho não tem mais recado.
Voa.
das centenas de milhares de gotinhas
que despencam do chão das nuvens
ao céu das árvores.
Tem medo o pássaro?
Ô, se tem!
Olha-me desconfiado,
como se igual não houvesse ninguém.
Mas logo a atenção volta ao corpo molhado.
Seca-se o passarinho no telhado.
Do ninho não tem mais recado.
Voa.
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