O que sou é que não sei
Demais sei: não sou poeta
Eu sou frágil, fraco, frouxo -
Quebrador de muita regra.
Acabada a explicação,
Tenho mais a lhe explicar
Mas pra isso ficar mais claro
Agora outra regra vou quebrar.
Estalei bem os meus dedos
Enfim, posso começar:
(bem conciso, pra encurtar)
Esta lei bem que servia
Mas meu coração descompassa
Dez compassos vão cair neste verso,
Como um abrir e fechar sempiterno.
Sonho, sonho, fala, fala:
Que dizer de tais palavras?
São palavras que vos digo
Elas cabem numa mala.
(E não servem para nada)
Outrossim é outro sim,
Ademais há demais pontos
Que não vou poder tocar,
que não quero prolongar.
Como já estou cansado,
ponho um já pra terminar.
terça-feira, 28 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Canto da finitude
E as senhoras do Tempo perguntaram:
há tristezas neste mundo
oriundo do pensar?
Sim, há, sinhá
Sim, há, sinhá
E as senhoras do Tempo perguntaram:
Há um mundo de tristezas?
Que nos valha Oxalá!
Sim, há, sinhá
Sim, há, sinhá
E o vento silvou
E as folhas caíram
E nada mudou
E a sede matou
E as pombas ardiam
E nada mudou
(E às cem horas o tempo parou)
há tristezas neste mundo
oriundo do pensar?
Sim, há, sinhá
Sim, há, sinhá
E as senhoras do Tempo perguntaram:
Há um mundo de tristezas?
Que nos valha Oxalá!
Sim, há, sinhá
Sim, há, sinhá
E o vento silvou
E as folhas caíram
E nada mudou
E a sede matou
E as pombas ardiam
E nada mudou
(E às cem horas o tempo parou)
sábado, 11 de junho de 2011
[Aquilo não teve princípio]
Aquilo que não teve princípio
e nunca terá fim;
aquilo que esbarra nas quinas do coração
e adentra a alma;
aquilo que esmaga, estraçalha, espedaça
e acalenta;
aquilo que afunda, chafurda na lama
e emerge belo como nunca:
Ah, eu tenho saudades de todas essas coisas
aqui desconhecidas que ainda estão por vir.
e nunca terá fim;
aquilo que esbarra nas quinas do coração
e adentra a alma;
aquilo que esmaga, estraçalha, espedaça
e acalenta;
aquilo que afunda, chafurda na lama
e emerge belo como nunca:
Ah, eu tenho saudades de todas essas coisas
aqui desconhecidas que ainda estão por vir.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
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