01. porque a palavra, já que dita, não é palavra, antes de ouvida.
02. porque se há de ser dito, e se convém que se ouça, que seja dito com cacofatos e microfonias, pra que, assim, quem ouça também diga.
03. porque haja uma leva de gente, por fatalidade geográfica, no mesmo tempo e à mesma inação.
04. porque a informação não se pertence e a posse de ter é a posse de dar e é essa posse que reivindicamos.
05. porque a palavra há de existir para além de quem a diga, mas não para além dela, porque a palavra está para além de nada.
06. porque pra além do caroço, que é quase tudo, existe a casca, que se quebra, e existe a polpa, que se quer:
pitomba!
  Bruno Azevêdo
sexta-feira, 25 de março de 2011
terça-feira, 22 de março de 2011
Polarizado
Estendo minha a mão a ti.
Eu, desesperado,
apelo.
Tu me vês dessa margem
com os meus próprios olhos.
Vejo minhas mãos.
E elas negam a si próprias.
Mas é preciso que te olhes;
é preciso afogar-te neste lago,
para que eu torne a respirar.
Eu, desesperado,
apelo.
Tu me vês dessa margem
com os meus próprios olhos.
Vejo minhas mãos.
E elas negam a si próprias.
Mas é preciso que te olhes;
é preciso afogar-te neste lago,
para que eu torne a respirar.
sexta-feira, 18 de março de 2011
domingo, 6 de março de 2011
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