quinta-feira, 28 de abril de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
Carta ao cajueiro
Cajueiro, cajueiro,
de onde caí quando era jovem,
por onde andas, meu amigo?
Penso em ti toda vez que chove.
Cajueiro, cajueiro,
de onde caí quando era jovem,
escrevo-lhe para dizer
que caí e doeu, doeu.
Cajueiro, ah!, cajueiro,
que vida amarga, meu amigo!
A gente tenta tantas vezes,
que o amor acaba inibido.
de onde caí quando era jovem,
por onde andas, meu amigo?
Penso em ti toda vez que chove.
Cajueiro, cajueiro,
de onde caí quando era jovem,
escrevo-lhe para dizer
que caí e doeu, doeu.
Cajueiro, ah!, cajueiro,
que vida amarga, meu amigo!
A gente tenta tantas vezes,
que o amor acaba inibido.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Interessante, acabo de fazer uma espécie de redução epistemológica, não vou dizer nenhuma novidade, mas posso garantir que cheguei a essa redução depois de seguir um caminho que leva ao convencimento de que se trata de verdade transparente, um caminho que não posso dividir, mas que qualquer um, se quiser, pode trilhar também. A redução é a seguinte, sabe o que é a vida? é foder. A vida é foder.
A casa dos Budas ditosos, João Ubaldo Ribeiro
A casa dos Budas ditosos, João Ubaldo Ribeiro
[O mundo existiu, mas somente]
O mundo existiu, mas somente
em minhas tenras primaveras.
Sobraram refugos de um mundo...
Mudo!
O mundo existe, mas somente
durante meus longos invernos.
em minhas tenras primaveras.
Sobraram refugos de um mundo...
Mudo!
O mundo existe, mas somente
durante meus longos invernos.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
[Onde as ruas se encontram]
Onde as ruas se encontram,
lá hei de me encontrar
com as palavras.
Rua dos passos,
inauditos passos meus.
Escuta o movimento
dos meus pés, palavra:
Tu, assim como eu,
és sucinta,
e inefável,
e vazia.
lá hei de me encontrar
com as palavras.
Rua dos passos,
inauditos passos meus.
Escuta o movimento
dos meus pés, palavra:
Tu, assim como eu,
és sucinta,
e inefável,
e vazia.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Sobre corações e lápis de cor
Os desalentados vejam a saudade:
não tem cor, não tem idade.
Tem, por sorte, uma nacionalidade
que o tempo lhe deu.
Os infortunados vejam o poeta:
só tem a dor que o afeta.
porventura, não segue a reta
que o caminho ofereceu.
Por final, o mundo veja o amor:
tem seu tempo, tem sua dor,
mas também tem o sabor
que o poeta concedeu.
-
Faz três anos que escrevi esses versos. Envelhecemos e emburrecemos.
não tem cor, não tem idade.
Tem, por sorte, uma nacionalidade
que o tempo lhe deu.
Os infortunados vejam o poeta:
só tem a dor que o afeta.
porventura, não segue a reta
que o caminho ofereceu.
Por final, o mundo veja o amor:
tem seu tempo, tem sua dor,
mas também tem o sabor
que o poeta concedeu.
-
Faz três anos que escrevi esses versos. Envelhecemos e emburrecemos.
Assinar:
Postagens (Atom)