quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Eis que um pobre diabo regurgitou o nó que tinha na garganta. Exprimiu e espremeu. Dos refugos do nó, nasceram estas palavras, escritas a esmo e abandonadas ao relento.

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Dolores desembestou
pelos corredores,
hemérticos corredores
no âmago de Maria.

Ela se diz poetisa;
vez em quando autoproclama-se
a própia poesia.
Ela, a própria poesia!

Disse-me outro dia
que o mundo é uma patranha
e que ela mesma vive à sorrelfa,
quando passeia pelos dedos de Maria.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Céu

O comboio passou
e, por um breve instante,
vi grandes amigos partirem.

Ainda vivo aquele momento
enquanto brinco de amarelinha;
enquanto tombo, ébrio, pelas ruas.